12 junho 2012

Duas últimas

Cheguei 6ª feira ao Funchal para aqui passar alguns dias. A ilha da Madeira, ao contrário das açorianas não será, na generalidade dos casos, um sítio convidativo à introspecção, ao recolhimento, ao silêncio (em bom rigor também não era isso que me trazia...) mas a vista desafogada da varanda onde estou dá-me uma dimensão de vastidão notável. Pas mal, convenhamos... 


É a terceira vez que venho à Madeira, mas a primeira em tempo primaveril. O tempo ameno - talvez 26ºC de máxima - convida aos banhos de mar. Ironicamente, acontece que essa actividade não é fácil por aqui. Embora a casa que me alberga esteja, em linha recta, a poucas centenas de metros do mar - se tanto - não lhe posso chegar devido às construções e acessos privados. Em pagando tudo se torna mas fácil. Se for de borla (das expressões preferidas dos portugueses) podem esquecer...

Anteontem fomos a uma praia artificial - a da Calheta. Para alguém que vive no Monte Estoril é como ir à Caparica (em termos de distância) e encontrar Pedrouços (em termos de qualidade). O mar, no entanto, está a poucas centenas de metros da casa... Ontem, para variar, deslocámo-nos à Ponta Gorda, um complexo veraneante de qualidade, com duas piscinas (uma das quais quase natural a que jovens locais chamaram poço) e um acesso ao mar. O banho é magnífico - uma água limpa, relativamente batida, a temperatura amena. Cinco euros de acesso por pessoa mais o parque de estacionamento e cadeiras (fundamental, porque o chão é de betão)/chapéus de sol. Estamos num ilha, rodeados de mar ao qual não conseguimos chegar...

Gosto de vir ao Funchal por todas as razões. Para além das afectivas que me trazem há o bulício, a simpatia da gente, a beleza da paisagem, a amenidade climática, a possibilidade do silêncio, o olhar distante que se encontra numa ilha, o esplendor dos banhos de mar. Mas, cada vez mais me convenço, a Madeira é um destino de Inverno, porque a actividade banhística é difícil - sobretudo para quem não fica num hotel com acesso ao mar. Não sei se é só a mim que se afigura bizarro...

Deixo-vos, numa onda nostálgica mas também solidária com a ilha da Madeira, com o Conjunto Académico João Paulo, aqui nascido no início dos anos 60. Quem quiser pode dizer mal, que eu reencaminho para quem sugeriu a banda nativa...

JdB


2 comentários:

Ana LA disse...

Há quem se lembre e tenha dançado nas noites doces do Savoy ao som desta banda. Eu ainda ouvi alguns dos seus seguidores e o gozo que dava a esta boa gente, dançar ao som da sua música natal. João Paulo, Max na música, Virgílio Ferreira no cinema, Herberto Helder na família e na escrita, entre tantos outros, são memórias da minha infância, contadas pela docura da minha mãe.
O acesso ao mar é disparatadamente difífil, mas a ilha não.
Vale sempre a pena voltar.

Anónimo disse...

Enjoy your sunny days!
E dança muito...
Abr
fq

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