ATÉ SEMPRE …..
Caros leitores,
Hoje não vou
comentar o Evangelho de Domingo. Deixo
essa árdua tarefa para o ilustre Dono deste Estabelecimento; aliás, tarefa essa
que ele leva a cabo todos os “outros” Domingos, eximiamente. Hoje, despeço-me
de todos aqueles que, ao longo destes (quantos ?) anos, tiveram pachorra para
ler os meus Posts quinzenais. A todos vós, agradeço os bons e maus momentos que
aqui passámos. As gargalhadas que demos, as lágrimas que chorámos, as caretas
que fizemos (alguns posts bem mereciam certa caretas!). Acima de tudo, agradeço
ao João pelo desafio que, um dia, numa esquina qualquer, me lançou e me levou a
passar para o papel, sentimentos, ideias e emoções que, de outra forma, não
teriam visto a luz do dia.
A vida é mesmo
assim, tem altos e baixos, o entusiasmo inicial, a fase ongoing e o cansaço
final. Tratando-se de uma actividade de lazer, a escrita, só faz sentido se
vier de dentro, se fluir sem esforço, se der verdadeiro gozo a quem a pratica.
Não vos escondo
que, ultimamente, estava a ser cada vez mais difícil encontrar entusiasmo para
ler, interiorizar e partilhar os evangelhos dominicais, tendo chegado ao ponto
de me esquecer de “postar” 2 Domingos seguidos.
Perante isso, o meu bom amigo João, na sua enorme bondade e com aquela
sensibilidade que lhe é característica, colocou-me totalmente à vontade para
poder desistir …. sim, a palavra certa é essa, embora ele não a tenha usado ( …
a tal sensibilidade que referi atrás !).
Por isso, aqui
estou, para lhes dizer até sempre, que
eu não gosto da expressão ‘adeus’. Foi um privilégio poder ter participado
neste Blogue específico. Já tenho espreitado outros, mas nunca encontrei nenhum
onde a espiritualidade, a amizade e a sabedoria andassem, assim, de mãos dadas.
Espero que se mantenha on-line por muito mais tempo e que muitos outros
bloguistas tenham a sorte de passar por aqui.
Obrigada João. Quem
sabe, talvez “até ao meu regresso"!
Bem-hajam.
MAF
***
EVANGELHO Lc 10, 1-12.17-20
Naquele
tempo,
designou o
Senhor setenta e dois discípulos
e enviou-os
dois a dois à sua frente,
a todas as
cidades e lugares aonde Ele havia de ir.
E
dizia-lhes:
«A seara é
grande, mas os trabalhadores são poucos.
Pedi ao
dono da seara
que mande
trabalhadores para a sua seara.
Ide: Eu vos
envio como cordeiros para o meio de lobos.
Não leveis
bolsa nem alforge nem sandálias,
nem vos
demoreis a saudar alguém pelo caminho.
Quando
entrardes nalguma casa,
dizei
primeiro: ‘Paz a esta casa’.
E se lá
houver gente de paz,
a vossa paz
repousará sobre eles;
senão,
ficará convosco.
Ficai nessa
casa, comei e bebei do que tiverem,
que o
trabalhador merece o seu salário.
Não andeis
de casa em casa.
Quando
entrardes nalguma cidade e vos receberem,
comei do
que vos servirem,
curai os
enfermos que nela houver
e
dizei-lhes: ‘Está perto de vós o reino de Deus’.
Mas quando
entrardes nalguma cidade e não vos receberem,
saí à praça
pública e dizei:
‘Até o pó
da vossa cidade que se pegou aos nossos pés
sacudimos
para vós.
No entanto,
ficai sabendo:
Está perto
o reino de Deus’.
Eu vos
digo:
Haverá mais
tolerância, naquele dia, para Sodoma
do que para
essa cidade».
Os setenta
e dois discípulos voltaram cheios de alegria, dizendo:
«Senhor,
até os demónios nos obedeciam em teu nome».
Jesus
respondeu-lhes:
«Eu via
Satanás cair do céu como um relâmpago.
Dei-vos o poder
de pisar serpentes e escorpiões
e dominar
toda a força do inimigo;
nada poderá
causar-vos dano.
Contudo,
não vos alegreis porque os espíritos vos obedecem;
alegrai-vos
antes
porque os
vossos nomes estão escritos nos Céus».
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