21 julho 2013

16º Domingo do Tempo Comum

Hoje é domingo, e eu não esqueço a minha condição de católico.

Talvez o evangelho de hoje nos fale do tempo  - não o tempo meteorológico, seguramente, que a forma como o calor vai e vem seria motivo de adivinhação. Talvez nos fale, sobretudo, da importância que o tempo tem para o ser humano, da forma como ocupamos as 24 horas de disponibilidade temporal. E sobre esse tema haveria muito a dizer, que cada um de nós conhece gente boa, quer seja atarefada, lenta, ponderada, mais ou menos activa. 

A relatividade do tempo é um lugar comum por onde não entrarei. Importante é a forma como gerimos o nosso relógio e, acima de tudo, a forma como integramos a existência de Deus na nossa agenda. Em bom rigor, é menos importante a velocidade como exercemos cada tarefa ou, num indicador que me sobra dos meus tempos da indústria, o número de actividades por unidade de tempo.  Há os que não param, há os que param mais. Quem é melhor, passe a expressão redutora? Não sei, mas talvez seja aquele que tudo faz, rápida ou lentamente, com Jesus no coração e o próximo no olhar.

O tempo é um bem finito, que deve ser acarinhado. Acima de tudo, o tempo é um activo que deve ser bem gerido, em nome do nosso equilíbrio e em nome do serviço aos outros. Entre Marta e Maria não há uma disputa sobre o conceito de preguiça, de gente que fica quieta enquanto outros se afadigam nas diversas tarefas. Entre Marta e Maria a importância é a inclusão de Cristo nas vidas de cada uma das duas. E isso faz-se, nos dias de hoje, de forma rápida ou lenta, porque a modernidade tem destas coisas.

Todos conhecemos gente rápida ou gente lenta. Verdadeiramente importante não é a velocidade, mas  que o equilíbrio e a mensagem de Jesus Cristo estejam permanentemente presentes em cada uma das nossas actividades - em casa, no emprego, na igreja, no voluntariado, nas nossas relações afectivas. 

Bom domingo para todos.

JdB

***



EVANGELHO – Lc 10,38-42
Evangelho de Nosso senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo,
Jesus entrou em certa povoação
e uma mulher chamada Marta recebeu-O em sua casa.
Ela tinha uma irmã chamada Maria,
que, sentada aos pés de Jesus,
ouvia a sua palavra.
Entretanto, Marta atarefava-se com muito serviço.
Interveio então e disse:
«Senhor, não Te importas
que minha irmã me deixe sozinha a servir?
Diz-lhe que venha ajudar-me».
O Senhor respondeu-lhe:
«Marta, Marta,
andas inquieta e preocupada com muitas coisas,
quando uma só é necessária.
Maria escolheu a melhor parte,
que não lhe será tirada».

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