Evangelho de Nosso Senhor Jesus
Cristo segundo São Mateus (25, 31-36)
Naquele
tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Quando o Filho do homem vier na sua
glória com todos os seus Anjos, sentar-Se-á no seu trono glorioso. Todas as
nações se reunirão na sua presença e Ele separará uns dos outros, como o pastor
separa as ovelhas dos cabritos; e colocará as ovelhas à sua direita e os
cabritos à sua esquerda. Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita:
‘Vinde, benditos de meu Pai; recebei como herança o reino que vos está
preparado desde a criação do mundo. Porque tive fome e destes-Me de comer; tive
sede e destes-Me de beber; era peregrino e Me recolhestes; não tinha roupa e Me
vestistes; estive doente e viestes visitar-Me; estava na prisão e fostes
ver-Me’. Então os justos Lhe dirão: ‘Senhor, quando é que Te vimos com fome e
Te demos de comer, ou com sede e Te demos de beber? Quando é que Te vimos
peregrino e Te recolhemos, ou sem roupa e Te vestimos? Quando é que Te vimos
doente ou na prisão e Te fomos ver?’. E o Rei lhes responderá: ‘Em verdade vos
digo: Quantas vezes o fizestes a um dos meus irmãos mais pequeninos, a Mim o
fizestes’. Dirá então aos que estiverem à sua esquerda: ‘Afastai-vos de Mim,
malditos, para o fogo eterno, preparado para o Diabo e os seus anjos. Porque
tive fome e não Me destes de comer; tive sede e não Me destes de beber; era
peregrino e não Me recolhestes; estava sem roupa e não Me vestistes; estive
doente e na prisão e não Me fostes visitar’. Então também eles Lhe hão-de
perguntar: ‘Senhor, quando é que Te vimos com fome ou com sede, peregrino ou
sem roupa, doente ou na prisão, e não Te prestámos assistência?’. E Ele lhes
responderá: ‘Em verdade vos digo: Quantas vezes o deixastes de fazer a um dos
meus irmãos mais pequeninos, também a Mim o deixastes de fazer’. Estes irão
para o suplício eterno e os justos para a vida eterna». Palavra da Salvação
“Eu peso
aquilo que amo”
Eu valho aquilo que
amo. No fim, só conta o amor. O que há de pesar é o que eu fui para os outros
em termos de acolhimento, em termos de ajuda, em termos de colaboração…o que eu
sou para os outros, concretamente.
A simplicidade, a
pureza, a purificação (a que está ligada também a ideia do purgatório) e que o
Evangelho nos exige é uma coisa só e essa é o amor. E começa aqui, nesta vida…É
preciso irmo-nos purificando, para nos tornarmos simples. É preciso crescer no
amor. O amor é a caridade, é a minha relação com Deus e com os outros, que Jesus,
neste Evangelho, apresenta quase como uma coisa só.
O julgamento do
mundo com que somos confrontados agora, no fim do ano litúrgico, este aceno ao
fim da nossa própria vida diante de Cristo, é para realizar já, neste sentido:
a nossa vida vai-se salvando agora, na medida em que se transforma em amor. Da parte
de Deus não há nenhum obstáculo à nossa salvação: Deus dá-nos Jesus Cristo, seu
Filho, que é fonte de luz e de graça para nós. Mas, porque Jesus Cristo nos foi
dado, é maior a nossa responsabilidade…depende de cada um de nós corresponder
cada vez mais e melhor àquilo que Deus é: amor, entrega, doação.
D. Manuel Clemente (2013), O Evangelho e a vida. Conversas na rádio no Dia do Senhor. Cascais:
Lucerna, 304-305.
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