Praga 2019, Centro de Congressos |
Há locais que repito com um intervalo de muitos anos. Estive pela primeira vez em Praga em 1982, talvez; regressei em 2002 ou 2003, e aqui estou de novo. Fui a primeira vez em lazer, a segunda em serviço profissional, a terceira no âmbito do meu voluntariado internacional.
Cheguei a Praga pela primeira vez de carro, vindo de Viena. Vigorava o regime comunista e eu passara por Paris, Viena, Munique, Salzburgo e Budapeste. A minha frase foi imediata: Praga é a cidade mais bonita do mundo. Em 2002, com outras paragens acrescidas ao meu cardápio, voltei a dizer a mesma coisa. Praga é menos impressionante do que Paris; talvez seja menos imperial do que Viena e não tem a beleza do Danúbio (pujante como só ali) a separar Buda e Peste. No entanto, a beleza da cidade advém-lhe do equilíbrio.
Com uma vida muito ocupada com reuniões, não terei possibilidade de andar a pé pela cidade. Resta-me tentar, hoje ainda, ir à ponta Károly (ou Carlos ou Charles), porque é das coisas bonitas para ver nesta capital.
***
Apanho um Uber do aeroporto para o Hotel. O diálogo inicial é este (quase ipsis verbis):
Ele: how are you, man?
Eu: very good, and yourself?
Ele: not good; I broke up with my girlfriend.
Eu (muito estúpido): did you brake with her or did she brake with you?
Ele: she broke with me.
Ele ainda: you know, man, she's always complaining. I don't know what she wants.
Eu (muito estúpido, ainda): That's what Freud said 100 years ago: you never know what women want.
Ele: I specifically told her not to do anything in the next 3 weeks, I have to be focussed for my finals. After that she could do anything...
Gosto da Uber. Sei o que vou pagar, é gente simpática e educada. Por vezes (e aconteceu uma vez em Washington com um motorista que ouvia Santana na telefonia) interajo mais proximamente com eles. Desta vez coube-me, não música, mas um romance tristemente acabado entre um georgiano e uma russa que detesta Putin. Pior ainda, não tenho um telefone para lhe perguntar se tudo se compôs...
JdB
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