dia após dia,
pescava à linha,
na expectativa vã
de pescar uma rainha.
noite após noite,
pescava à toa,
num lago salgado
a que chamam Lisboa.
dia e noite, dia e noite,
sempre, sempre à nora..
até ao dia
em que do lago e da cidade
levantou âncora
pescava à linha,
na expectativa vã
de pescar uma rainha.
noite após noite,
pescava à toa,
num lago salgado
a que chamam Lisboa.
dia e noite, dia e noite,
sempre, sempre à nora..
até ao dia
em que do lago e da cidade
levantou âncora
e se foi finalmente embora.
uma rainha de copas rasgada
numa martirizada mão,
e na outra, rumo à Dinamarca,
o seu último bilhete de avião.
gi.
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