19 agosto 2008

Notas dispersas e recados


O Pedro Castelo Branco, rapaz de vinte e poucos anos, filho de amigos e primos, juntou-se a quatro amigos e deambulam pela Índia. Visitou-me ontem, via Adeus, até ao meu regresso, para me cumprimentar simpaticamente e para me dar novas do seu blogue, onde reflecte as impressões de viagem. Para quem queira saber como se passeiam, na jóia da coroa britânica, cinco matulões cheios de força e com o apetite que é próprio da idade e dos genes de cada um, visitem-nos em No país de Gandhi. Não se arrependerão, porque entre a inveja da jornada e o nojo de algumas descrições fica sempre uma gargalhada.

Num registo diferente (passe o cliché da expressão), três amigas rumaram aos Açores, no gozo legítimo de dias retemperadores que as prepararão para o sufoco da rentrée. Têm a idade que têm, uso do mesmo raciocínio para lhes descrever o apetite, mas são detentoras de uma sabedoria diferente, fruto de quem já tem muitos anos a virar frangos. Vale a pena visitá-las no Porta do Vento, onde a mestria literária da Ana V. e a beleza das fotografias nos faz olhar para alguns destinos continentais tão eleitos com uma sensação de náusea frustrante e de erro de opção.

Aos que me visitam e me deixam um ou outro comentário ao qual eu não respondo, agradeço sensibilizado. A ausência de resposta não deve ser entendida como desinteresse ou falta de simpatia. Nem sempre tenho disponibilidade tecnológica, porque a rede é lenta e a energia eléctrica escasseia . O gerador, como já referi anteriormente, precisa de descanso. Aos Anónimos, Ritz on the Rocks, Ana V., Rocha e tantos outros que me escrevem sem que leiam resposta, o meu bem haja (expressão que me parece particularmente feliz).

Última nota travestida de lugar comum. Sei de um amigo que está na Índia - por onde anda, o que come, o que visita, o que sente. Sei de amigas que estão nos Açores: as descrições são diferentes, mas o relato do seu dia-a-dia é-nos disponibilizado por igual. Falo com os meus filhos por Skype, poderia usar semelhante processo para Nova Deli, o Pico, ou mesmo Tumbuctu se as tropelias da falta de rede não inquinassem a facilidade. Mesmo assim, estamos em tempo real com o mundo que nos rodeia. Como saudosista que sou em inúmeros aspectos, sinto a falta da carta manuscrita, que fica para a posteridade com hipótese de análise grafológica. Mas esta panóplia de comunicações que está ao nosso alcance, dá muito jeito. Uma palma para a Internet!

5 comentários:

Anónimo disse...

Manda a tua morada formal. Quero ser a primeira a mandar-te uma carta manuscrita e tb ver quanto tempo demora a chegar aí... Se calhar chega no Natal. Mas não faz mal. Até rimei! Extenso

Anónimo disse...

Manda a tua morada formal. Quero ser a primeira a mandar-te uma carta manuscrita e tb ver quanto tempo demora a chegar aí... Se calhar chega no Natal. Mas não faz mal. Até rimei! Extenso

Anónimo disse...

Caro JB,

A propósito deste seu 'post', nem que seja por via de uma rima imperfeita, gostaria de agradecer a sua visita ao 'jardim de inverno', assim como as, sempre estimulantes e bem esculpidas, palavras que por lá semeou.

Continuarei a visitar este seu espaço, a sorrir perante algumas das suas espirituosas observações e reencontrar um certo espírito 'british' que o meu amigo cultiva com garbo e bravura - ça me plait (que é para ficar 1-1, neste particular campeonato das línguas ex-imperiais).

Continuação de boa jornada. Continuaremos 'em linha', como agora se diz.

Um abraço,


jas.

Anónimo disse...

ah! meu centrifugadorzinho, gostei de ficar em segundo lugar,à frente da Ana V e da Rocha. Compreendo que os anónimos em primeiro te obriguem a parcimónia, mas hei-de arrancar-te uma resposta, aposto .... e olha, quando te leio ouço-te falar e assim no meu imaginário apareces papudo e gigante, doce e sereno como o teu olhar. Ritz on the Rocks é do género feminino, posso assim permitir-me esgueirar-me por entre as memórias do que não dissemos ricos encantos de bálsamos delirantes. ah! meu sereio distante, volta depressa.bjs

ana v. disse...

Acabadinhas de virar mais um frango para o jantar, depois de um belo gin tonic no Peter e de uma travessia emocionante do Canal do Nemésio, aqui deixamos um beijo repenicado (ou repicado, já que estamos no Pico...) ao nosso distante amigo africano. Incluimos também um beijo igualmente repenicado e trés diplomatique ao nosso caríssimo embaixador.

As tês da vida airada
Por aqui, tudo maravilhoso.

PS: Para a assanhada anónima que quer mandar "uma carta escrita, para ti cara bonita...", temos a dizer que não estamos em competição! Já basta o desastre olímpico dos nossos atletas... o podium é da tribo, ex aequo!

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