há poemas assim,
tanto maiores quanto mais fiéis depositários
desse recorrente estado de necessidade
que incendeia todas as palavras.
como se a poesia fosse
um modo de dizer
o que não pode ser dito
e que, contudo, tem que ser absolutamente dito.
tanto maiores quanto mais fiéis depositários
desse recorrente estado de necessidade
que incendeia todas as palavras.
como se a poesia fosse
um modo de dizer
o que não pode ser dito
e que, contudo, tem que ser absolutamente dito.
como os teus lábios
que já não existem, a bem dizer,
e que, contudo,
nunca existiram de forma tão absoluta.
o que é o real? - perguntas-me,
como se eu fosse filósofo, sage, sábio,e eu respondo-te como sei:
o real é eu saber ainda declinar
a curva da tua pele,
milímetro a milímetro,
e nela ter reaprendido a impotência devastadora
de todas a geografias descritivas.
se eu me chamasse stig dagerman,
coroaria este poema, sussurrando-te ao ouvido:
vårt behov av tröst är omättligt..
porque o amor é esta brutal oficina que nunca.
gi
que já não existem, a bem dizer,
e que, contudo,
nunca existiram de forma tão absoluta.
o que é o real? - perguntas-me,
como se eu fosse filósofo, sage, sábio,e eu respondo-te como sei:
o real é eu saber ainda declinar
a curva da tua pele,
milímetro a milímetro,
e nela ter reaprendido a impotência devastadora
de todas a geografias descritivas.
se eu me chamasse stig dagerman,
coroaria este poema, sussurrando-te ao ouvido:
vårt behov av tröst är omättligt..
porque o amor é esta brutal oficina que nunca.
gi
1 comentário:
amor é a suave oficina que sempre. Prefiro assim e que me perdoe esta ousadia.
Mais flores e volte.
Enviar um comentário