22 agosto 2017

Duas Últimas

Falo-vos hoje de um tema futebolístico que não tenho dúvidas de que incomodará pouca gente, ou não fosse mais de 90% da população portuguesa adepta dos chamados 3 "grandes" (cá, porque lá fora não passam de remediados...).

Na altura em que começa mais um campeonato, com 3 jornadas decorridas, aí estão eles já bem à frente de mais uma corrida que se adivinha desinteressante e viciada como as anteriores, resfolegando quais cavalos na fúria da carreira, na passada aplicando grandes cabazadas aos desgraçados que se lhes atravessam no caminho. Para mais estando estes carregados de jogadores emprestados pelos 3, contra os quais não podem jogar.

Tomar medidas que minorem as diferenças e as brutais desigualdades orçamentais entre esses mauzões e os outros, desde logo através da limitação dos jogadores que cada clube pode inscrever e da centralização dos direitos televisivos e sua posterior distribuição de forma equitativa, como fez a Inglaterra, são coisas que não ocorrem às entidades que gerem o nosso futebol. Ou, se por acaso ocorrem, logo dela desistem, que o respeitinho é coisa muito bonita.

Tudo isto é tolerado quase sem um pio. Os 3 gerem a coisa a seu bel-prazer. Como dizia um treinador, "em Portugal há 6 clubes, os 3 grandes e os 3 que cada semana jogam contra eles". Mas terá de ser sempre assim, e cada vez pior? Eu, se mandasse num dos outros, passava a mensagem de que ou as coisas mudam, ou não há disponibilidade para participar neste circuito viciado. Sem eles/outros, não há circo. Que joguem então os 3 galifões sozinhos entre eles, num mini campeonato a vinte voltas, ou que vão para Espanha apanhar de nuestros hermanos, no campeonato da "Ibéria" que se prefigura após a falência do nosso.

Espero que apreciem a música.

fq

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