Faço parte de um grupo de amigos que se junta(va) regularmente para almoçar, tendo criado um grupo de Whatsapp. Um dias destes perguntava um dos confrades:
Pergunta: que recomendam os meus amigos quanto a voto: Voto util no RIO( para ter mais deputados ? será inglório ? ), ou voto no CDS ( para proporcionar mais 1 deputado desperdiçando menos votos ? ), ou até mesmo no IL. Eu voto antecipado no dia 23 mas mantenho duvidas. A Vossa recomendação será util.
Algumas pessoas responderam:
- Não faço recomendações de voto mas estou indeciso entre o CDS e IL.
- IL, não vão ganhar e podem pôr algum realismo nas questões económicas se tiverem que negociar com outros.
- PSD. Para não dividir votos e perder deputados. Com o método de Hondt a divisão de votos é altamente penalizante, e eu não quero voltar a ver o …
- Meus amigos. É preciso um Ventura para abanar o sistema.... Não é nenhum papão. (Um toque de humor: um dos confrades respondeu a esta sugestão de voto no Chega afirmando de forma diplomática: conheço alguns Chegas e têm todos uma coisa em comum: Não são de confiança…
- Indeciso entre CDS e PSD… Mais provável CDS.
- Meu único objetivo: que o Costa perca as eleições! Voto útil, é o que farei!
A melhor resposta foi a última, considerando que a alguns destes confrades une-os uma amizade com mais de 50 anos:
- Embora toda a gente saiba como eu penso (de que aliás não faço nenhum segredo), como considero que o voto de cada um é secreto, não vos acompanho na respectiva divulgação. Penso que partilho convosco a necessidade de virar a actual página político-partidária.
Achei que já ninguém dizia que o voto é secreto (a não ser pela quase vergonha de se dizer em quem se vota), mas pelos vistos estou enganado...
Num almoço de outros amigos voltou a falar-se de política, da necessidade do voto útil e, por isso, do voto no PSD, da urgência em correr com o Costa, etc. Ao almoço, assim como no grupo de Whatsapp, disse claramente: votarei CDS. Embora perceba a lógica da utilidade, vários argumentos me levam a votar no CDS - o que faço, aliás, desde que tenho idade para votar (a partir de 1976):
1. Não quero que o CDS desapareça.
2. Acho que deve haver uma coligação de direita que galvanize uma parte do eleitorado. Excluo deste coligação o Chega, não porque dizem que é fascista, mas porque não confio neles.
3. No dia em que o CDS desaparecer do mapa parlamentar, desaparece a única voz que, globalmente, discorda daquilo que eu discordo, e que são, nalguns casos, (quase) linhas vermelhas: o aborto, a eutanásia, o casamento entre pessoas do mesmo sexo, a disciplina de Cidadania tal como está concebida, a proibição das corridas de touros ou da caça, etc. Uns partidos são a favor, outros dão liberdade de voto; o CDS tem uma posição clara - e é contra.
Fica a minha declaração de voto.
JdB
2 comentários:
O meu embaraço na escolha diante do boletim:
Olho para a esquerda e... Risca!, Risca!
Olho para a direita e ... Risca!, Risca!
Olho para o centro e... neste não me fio!
Que farei então?
Atiro-me ao rio?
Car@ leunam,
Atire-se a quem quiser; pode atirar-se ao Rio, espero que não ao rio. Mas atire-se com convicção.
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