Belo rancho na Avenida era o do Senhor Pompeu. Trigueirinhas as meninas, louro e claro o rapazinho. Tinha um gosto no petiz, que no dia em que ele nasceu, pagou ginjas, o Pompeu! E agora, fecho a loja. Vai fechar a drogaria?! Nãão, homem! Quero é ver se não vêm mais filhos. Vocemessê tá ciente do que é casar três moçoilas? São duas cousas terríveis, em simultâneo: o trabalho e a despesa. Fora a fúria da criada, de cuidar da pequenada. Diz sentir-se enfastiada. Coitadinha. Não faz nada! Não dê ouvidos Pompeu. Isso é conversa fiada, alfinetada. Tem razão. Dá outra ginja, ó Leitão.
Tão serena a Amélinha, que criança encantadora. No Passeio com a madrinha, quem se lembra de as ver, nunca houvera de dizer. Que o anjinho ao crescer viria logo escolher fraco caminho na vida. Tanto se empenhou o pai, viúvo novo demais, em proteger a menina, para ela depois teimar, que queria ser dançarina. Há quem diga que foi birra, outros, força do talento, e, tivesse a pequena mãe, dissipava-se o tormento. Mesmo contra as vontades, no Teatro triunfou, plena de engenho e arte, o seu nome ecoou. Amélia passou a estrela, era amiga de escritores. Um dia o pai foi vê-la e elogiou-lhe os valores.
DaLheGas
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