12 julho 2010

Fórmula para o caos

Inicio aqui a minha participação neste espaço. Em primeiro lugar quero, obviamente, agradecer ao (tio) João que, simpaticamente, me desafiou a escrever no blog!
A orientação dos meus posts será substancialmente diferente da habitual no blog. Dado que não tenho qualquer tipo de qualidade literária, vou cingir-me aos temas que, remotamente, domino, tais como política nacional, relações e diplomacia internacional, economia, sociedade civil e desporto. Quanto à política, situo-me no centro direita, sou simpatizante, votante e militante do PSD. Em relação às relações internacionais, a minha simpatia tende para os Estados liberais de matriz ocidental. No que concerne ao desporto, sou um apaixonado pelo futebol, com uma doença crónica, chamada benfiquismo. Exponho todos estes factos para demonstrar que não sou isento, muito menos, neutro. No entanto, procurarei abordar todos os assuntos com o maior destanciamento possivel.
Designei uma forma de texto separada por pontos numéricos.

1. A actualidade em geral, particularmente a económica, tem sido dominada pelo veto do Estado à venda da Vivo, pela PT, à Telefónica. Como liberal, sou frontalmente contra a existência de "acções douradas" nas empresas. Se o Estado quer ter uma posição dominante, em que controle e decida a seu belo prazer, terá que adquirir a maioria do capital da empresa em questão. Quando o Estado decidiu privatizar a PT, utilizou o mercado para esse efeito. Quando uma operadora internacional utiliza o mercado para uma transacção de capital, o Estado actua contra isso. Considero isso um atentado à economia de mercado.
No entanto, refuto a indignação dos accionistas privados da PT. No momento em que compraram a posição na operadora, tiveram conhecimento da existência das 500 acções especiais. Bem como as respectivas implicações.

2. No passado fim-de-semana o país foi surpreendido pela falência da agência Marsans, que vendeu viagens a clientes e não cumpriu o acordo. Foram várias as pessoas que, no próprio dia da viagem, foram informadas que essa não se iria concretizar, apesar de haver sido paga antecipadamente.
No dia subsequente o nível da surpresa diminuiu consideravelmente, quando se soube que o Instituto de Turismo falhara na supervisão. A Marsans teria de ter depositado a quantia de 250 000 euros no IT, mas apenas depositou 25 000, com a complacência do mesmo. Luís Patrão, presidente do Instituto de Turismo, aparentemente, aprendeu com Vítor Constâncio.
A surpresa foi inexistente ao conhecer-se a promiscuidade entre o Instituto de Turismo e a Controlinveste no que toca à preferência daquele pelo grupo de Joaquim Oliveira na distribuição de publicidade. Em cada pedra removida estão os nomes de Sócrates e Oliveira.

3. Tiveram lugar as jornadas parlamentares do PS, que marcaram o início da pré-campanha das presidenciais. Os oradores convidados, na sua maioria, fazem parte da ala esquerda do partido, e encetaram um discurso de apoio à sobre-intervenção do Estado na economia. Ou seja, a ideia era convergir com Manuel Alegre. Os alvos preferenciais foram a nova direcção do PSD e a revisão constitucional. Os deputados socialistas tentaram encostar Passos Coelho ao neoliberalismo. Não faz sentido. O líder social democrata apenas defende uma, indispensável, redução da despesa, propondo que os serviços de saúde não sejam tendencialmente gratuitos para todos, oscilando o preço conforme os rendimentos.
O pior estava guardado para o fim. Ferro Rodrigues tomou a palavra para apelidar de CARIDADEZINHA o trabalho desempenhado por diversas instituições sem fins lucrativos. É uma declaração inqualificável. Assim se exprime o embaixador de Portugal na OCDE.

4. Após as eleições presidenciais, a Polónia tornou-se um verdadeiro Estado pró-Europa. O candidato apoiado pela direita nacionalista saiu derrotado. Saúdo o acontecimento.
A Polónia é um membro fundamental da UE. Tanto geográfica como economicamente. Faz fronteira com a Alemanha e Rússia, e foi dos poucos países que resistiu à crise internacional.

5. Como morador do Concelho de Cascais, encontro-me preocupado com os desacatos ocorridos na praia do Tamariz. Desta vez a extrema-esquerda não pode desculpabilizar os vândalos com o seu nível de pobreza. O que se passou foi uma guerra de gangs, em que até tiros foram disparados. Esteve bem o presidente Capucho ao clamar por mais agentes de segurança na zona. Pode ser que, pela primeira vez desde que tomou posse, o Ministro da Administração Interna, Rui Pereira, tome uma medida.

6. O Sporting confirmou, de vez, a recusa de rivalidade para com o FC Porto ao vender-lhe Moutinho. Com uma liderança forte, o jogador ficaria a treinar-se em Alvalade até ao termo do contrato.

Pedro Castelo Branco

6 comentários:

Anónimo disse...

Seja bem-vindo, PCB. Os seus tópicos têm grande interesse e actualidade. Uma espécie de micro-noticiário do nosso país e do mundo... Boa sorte nesta aventura. pcp

Anónimo disse...

Seja bem-vindo, PCB. Os seus tópicos têm grande interesse e actualidade. Uma espécie de micro-noticiário do nosso país e do mundo... Boa sorte nesta aventura. pcp

Anónimo disse...

Em minha opinião, o seu texto, e os assuntos que trata, valorizam o blogue. Também lhe desejo muita sorte (e perseverança!).
fq

Anónimo disse...

Nice brief and this post helped me alot in my college assignement. Thank you seeking your information.

Anónimo disse...

Muito bem escrito. Sucinto, actual e interessante. Parabéns! Que seja uma "fórmula para o sucesso". RM

maf disse...

Só hoje li este post. É claro, objectivo e directo ao assunto. Para mim, que não leio jornais e raramente vejo televisão (devo ser uma Avis Rara), este Concentrado de Informação é ouro sobre azul.
Obrigada, vou estar atentissima, às 2ªas. feiras.
Maf

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