10 novembro 2022

De um resort em Punta Cana

 Estar pela primeira vez em Punta Cana, num resort, é uma experiência muito interessante - e globalmente agradável. Alguns pormenores:

A chegada ao aeroporto é um contraste do ponto de vista meteorológico; saí de Paris, onde chovia e estavam 9ºC, para chegar ao destino com uma temperatura de 26ºC e um teor de humidade bastante alto. O aeroporto local é pequeno e tem (só encontrei este procedimento em Marraquexe) Raio-X à bagagem para quem entra. Lá fora pulula uma multidão de gente local a vender táxis e outros serviços. As pessoas que me foram buscar eram extremamente amáveis e prestáveis.

Até ao resort a viagem demora 30 minutos, talvez (foi feita integralmente pela faixa do lado esquerdo) e é como circular na EN125: lojas aqui e ali, empreendimentos aqui e ali, nada mais. Tudo ao som de Bachata, que é o género musical local. 

A recepção do resort onde estou é feérica; o checkin é amável, durante o qual nos põem uma pulseira de borracha. Daí em diante tudo é gratuito: o room service, o rum, o gin e o vodka que estão no quarto, assim como tudo o que está no frigorífico, os restaurantes e os bares que estão espalhados pelo recinto. Pode beber-se e comer-se o que se quiser e onde se quiser que não se paga um tostão. O serviço é globalmente muito bom e simpático, a comida satisfaz bem.

Os clientes deste resort são diversos: há famílias com bebés ou com crianças muito pequenas, há casais jovem que aparentam estar em lua de mel, há casais mais idosos e há gente que toma o pequeno almoço de chapéu na cabeça e /ou a beber champagne. Fala-se inglês, alemão, americano, holandês, russo / ucraniano ou espanhol. A maior parte da pessoas está nas piscinas, embora a praia - bastante segura, com uma temperatura de água de 26ºC - esteja logo a seguir. Há bares dentro da piscina, pelo que o balcão está sempre cheio de gente de fato de banho ou bikini a beber cerveja ou cocktails. Aqui e ali gente fuma cigarros à antiga, sem medo de ser apedrejado.


Punta Cana não estaria nos meus planos, não fosse o caso de ter uma reunião. Mas o conceito é interessante, embora não saiba o que se paga à cabeça. Vem-se, guarda-se a carteira e nunca mais temos de nos preocupar com pagamentos, com carros, com escolha de restaurantes, embora haja 3 ou 4 e uma profusão de pequenos bares. Num deles, no dia em que cheguei, conheci um inglês, vendedor de sistemas flexíveis de gás no Yorkshire, que tinha vindo para cá duas semanas - completamente sozinho. Não sei se viria com uma expectativa de companhia, mas quase não vi grupos de raparigas / senhoras sozinhas. Ou de rapazes / homens sozinhos...

Não me posso esquecer do que cá vim fazer: assistir a uma reunião latino-americana sobre oncologia pediátrica, com apresentações muito diversas e interessantes, com contactos humanos muito gratificantes. Há-de vir o relato dessa parte maior da minha vinda a Punta Cana.

JdB 


1 comentário:

Anónimo disse...

Sempre se pode trabalhar — e bem — em locais ditos "de férias". Mas haverá os que sofrem de dor do nervo Cubital.

Abraço

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