12 dezembro 2022

Moleskine

Versos

Ring the bells that still can ring
Forget your perfect offering
There is a crack, a crack in everything
That's how the light gets in

Esta quadra, tirada de um poema mais extenso, de Leonard Cohen, chamado Anthem, são um bom ponto de partida, em particular os dois últimos versos. Sobre o tema escrevi e conversei abundantemente: é pelas fragilidades / debilidades (momentâneas ou mais permanentes) que as pessoas se ligam. Esta ideia é bonita, sobretudo para quem nunca reconhece uma racha na sua vida; por onde entrará a luz?

Futebol (I)

Lamento que Portugal tenha perdido, é claro. Gostaria de ver a selecção nacional chegar às finais e ganhar. Se tivesse de escolher contra quem, diria sem dúvidas: França. Algo em mim se compraz por ver França perder. Se for contra Portugal estou perdoado, porque ninguém me acusará de má vontade contra a nação gaulesa.

Futebol (II)

Ler os jornais, ver os blogs, escutar os comentadores é perceber que o tema fracturante do momento não é a eutanásia, mas o Ronaldo. Em cada mesa de café há gente ferozmente pró e gente ferozmente contra. Fala-se em lenda do futebol, e apanhei um cartoon onde o CR7, cabisbaixo e triste, caminhava entre uma guarda de honra de heróis da banda desenhada que se dobravam à sua passagem. Tenho respeito e admiração pela história de vida e de futebolista de CR7. Mas  facto de ele ter sido quem é não elimina o facto de passar uma imagem menos boa agora. E o passado bom das pessoas não deve impedir-nos de poder fazer críticas. Por último, gosto da sugestão da Dona Dolores para que o filho volte para casa onde há beijos e carinho. E gosto também de saber que a Georgina sabe de futebol o bastante para mandar recados ao Fernando Santos.

Futebol (III)

Disclaimer: percebo pouco ou quase nada de futebol. Com todo o respeito que tenho pela pessoa, ache o Fernando Santos uma pessoa maçadora. Tem sempre um ar zangado, ou irritado; raramente o vejo rir - ou mesmo sorri. Em muitos jogos vi Portugal praticar um jogo muito maçador. Questiono-me da influência de algumas características de um indivíduo no seu desempenho profissional: um homem maçador pode levar uma equipa a jogar um futebol "divertido"? Um treinador agressivo (Sérgio Conceição, por exemplo) gera uma equipa agressiva? Se sim, então já se sabe o que fazer. Substitua-se o engenheiro do penta (em letra pequena, para não se confundir com o chefe da manutenção do hotel) por alguém mais eficaz, que aproveite o potencial destes jovens.

JdB 

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