27 novembro 2011

1º Domingo do Advento

Adoração dos pastores  (Gerard van Honthorst, 1622)

Hoje é Domingo, e eu não esqueço o a minha condição de católico. 

O Advento, o primeiro tempo do ano litúrgico que prepara a vinda de Jesus, começa hoje. Para muitas famílias este Natal será, do ponto de vista económico, um dos piores de sempre; em muitas casas haverá na árvore, ou em local de tradição própria, uma carta de despedimento, um empréstimo que não se consegue pagar, um propina escolar que se tornou num sufoco; na mente de muitos haverá uma ausência de futuro risonho, uma ameaça de emigração, uma solidão insuportável apesar do barulho das luzes.

Todos os anos o desafio é-nos repetido: voltarmos à pureza das coisas, não confundirmos generosidade com consumismo, limparmos o coração de ódios, raivas, rancores, orgulhos, atentarmos nos mais fracos e nos mais desprotegidos. Deveríamos fazê-lo todos os dias do ano? Seguramente mas, se esta época é mais convidativa, porque não aproveitar? 

É tempo de montar o presépio (manjedoura, em hebreu). Ano após ano, em muitas casas esta actividade é um ritual, o cumprimento de uma tradição, a disposição artística das várias peças. Também aqui há um simbolismo desafiante: perceber cada uma das figuras, a sua importância, o papel que desempenham. O que oferecemos nós a Jesus por altura do seu nascimento, como acolhemos a sua anunciação, como manifestamos uma confiança ilimitada, como nos despojamos do supérfluo?

Bom Advento para todos.

JdB  




EVANGELHO – Mc 13,33-37


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos


Naquele tempo,
disse Jesus aos seus discípulos:
"Acautelai-vos e vigiai,
porque não sabeis quando chegará o momento.
Será como um homem que partiu de viagem:
ao deixar a sua casa, deu plenos poderes aos seus servos,
atribuindo a cada um a sua tarefa,
e mandou ao porteiro que vigiasse.
Vigiai, portanto,
visto que não sabeis quando virá o dono da casa:
se à tarde, se à meia-noite,
se ao cantar do galo, se de manhãzinha;
não se dê o caso que, vindo inesperadamente,
vos encontre a dormir.
O que vos digo a vós, digo-o a todos: Vigiai!"

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