13 março 2012

Duas últimas


Hoje escolhi duas músicas de uma banda que eu pensava já ter desaparecido há muito: os Pavlov´s Dog, grupo nascido no Missouri, no começo da década de 70 do século passado. Mais propriamente em Saint Louis, cidade fundada por franceses na confluência do Mississípi com esse seu afluente.

Extinto ou não, o certo é que pelo menos em 2010 o grupo se voltou a reunir para uma digressão que incluiu Portugal, tendo realizado em Lisboa, no final desse ano, um concerto a que tive o prazer de assistir. Foi no “Santiago Alquimista”, ao Castelo/Graça (bairros a que me ligam gratas lembranças da adolescência!), um local em dois pisos, bizarro e escuro, mas acolhedor e apropriado para concertos mais íntimos, como era o caso.

Foi num Domingo à noite e fui sozinho, o que me impediu desde logo de partilhar com alguém próximo as sensações de um concerto e de uma música que me caíram muito bem. Mas enfim, nem sempre se consegue convencer a família ou algum amigo a sair numa noite fria de Domingo para ouvir alguém que se conhece mal, como era o meu caso, ou não se conhece de todo.

Realço desde logo David Surkamp, vocalista e personagem principal da banda, que apesar de já não ser novo, é ainda senhor de uma voz bem original. Também gostei da violinista, bem mais nova, que aliava à destreza musical uma presença em palco visualmente deveras agradável.

Espero que gostem das músicas seleccionadas desta banda que foi buscar o seu nome ao mestre russo que teorizou o desenvolvimento de comportamentos em resposta a estímulos (reflexos inatos e reflexos condicionados), utilizando cães nas suas experiências.

Se não gostarem, peço-vos paciência, virtude cristã que devemos cultivar neste tempo de Quaresma. 

fq




3 comentários:

JdB disse...

A vantagem de videos com uma imagem fixa é a focagem com que ouvimos as músicas. Confesso a minha ignorância: do Pavlov's Dog sabia que se babava quando tocava uma campainha.
Ouvi e gostei, o que para mim - relativamente ignorante no que diz respeito à qualidade das coisas musicais - é fundamental.
Abraço, sem qualquer espécie de virtude cristã imposta.

Ana CC disse...

Que coisa curiosa.
Não conhecia o frupo e a vocalista tem um timbre diferente. Tremeliques e arrebiques fora de época.
Destabilizador como sempre fq

JdC disse...

Eu ia começar por dizer que já tinha ouvido falar mas que não conhecia, mas afinal reconheci pelo menos a primeira música. O que é fantástico é 40 anos depois os tipos ainda mexerem ao ponto de darem concertos no Castelo. E o que é mais admirável ainda é tu ires vê-los numa fria noite de Domingo. Não conheço muita gente com esse entusiasmo, não por um cantor ou um grupo em particular, mas pela música em geral.

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