13 fevereiro 2025

Poemas dos dias que correm

 a nossa geração 

às vezes,
é como se conduzisse um carro,
mantendo um olho na estrada que leva ao futuro
e o outro no retrovisor. 

emparedado, entre uma coisa e outra,
fácil é ficar estrábico (que me desculpem os estrábicos),
até porque não podemos deixar de continuar
a olhar também para o painel de instrumentos, 

seus manómetros, indicadores, luzinhas vermelhas a piscar,
toda uma panóplia de tempos presentes
reclamando atenção
e urgência. 

inspiro-me na beat generation,
para brincar aos poemas,
na vã esperança de que não me saia ao caminho
uma outra geração (a nossa, temo bem): 

the beaten generation.
outra forma de dizer que também nós (nos) perdemos. 

gi. 

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