05 novembro 2015

Duas Últimas

Tenho uma ideia vaga de que a música clássica tem andado arredada do Duas Últimas. Não quis ir confirmar, pelo que a introdução não só não tem interesse como talvez não seja correcta...

Desde sempre que gosto de música triste, tema sobre o qual escrevi amiúde. Gosto de música triste quando está um sol radioso, quando chove, quando a alma se me entristece ou pipila de alegria, como um passarinho. A música alegre não me puxa para cima, como a música triste não me deprime. Para além da dimensão puramente estética (é bonito / não é bonito) ou do gosto pessoal (gosto / não gosto), a música clássica triste (e será que a palavra "triste" é utilizada com propriedade) tem um efeito relaxante. Sossega-me, talvez mesmo me ajude nalguma criatividade. Não sei se é assim, mas gosto de pensar que pode ser.

Ouvir estes pouco mais de dez minutos do Requiem Alemão de Brahms é entrar em contacto com o Sublime, que é um degrau acima da Beleza. Vale a pena ouvir com atenção, em silêncio, sem problemas de volume, que isto não é música de fundo. Estou em crer que todos os Requiem (pelo menos até à fase romântica) são profundamente bonitos. Este não é excepção. Oiçam alto - e entusiasmem-se por ouvir o resto.

JdB

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