26 julho 2009

XVII Domingo do Tempo Comum

Hoje é Domingo, e eu não esqueço a minha condição de Católico.
Ao preparar mentalmente as poucas linhas - e certamente pouco inspiradas, também - que escreveria para este post, ocorreram-me dois pensamentos que não terão, provavelmente, muito a ver com o Evangelho de hoje. Mas fui assaltado por uma onda de alguma simplicidade, porque a vida é feita, muitas vezes, de trivialidades.
Vou olhando para a minha existência e para a dos que circulam em meu redor, e gosto de relembrar algumas palavras que, bem conjugadas, farão uma boa redacção do que deveria ser a nossa caminhada: amor, perdão, tolerância, solidariedade, caridade, atenção, compreensão, fidelidade, princípios, humildade, despojamento. Eu sei, eu sei... Só a dactilografia destas virtudes é que é um exercício simples. A sua aplicação prática é mais complicada - ainda que não impossível. É um exercício diário, porque a procura da santidade não obedece a sazonalidades nem ao conceito de semana inglesa.
Numa dada altura da minha vida falava a noivos que estavam prestes a casar. Tenho pouco a ensinar aos outros, porque em muitos casos nem para mim sei, mas gostava de olhar para eles e imaginar-lhes licenciaturas, profissões liberais, cargos de chefia, carreiras promissoras. E durante a minha intervenção referia - entre outros - dois pontos, que a minha experiência sabia serem certos:
- não detemos nada; tudo o que temos e somos nos foi cedido para o pormos ao serviço do bem comum, do nosso próximo, dos mais necessitados;
- o mundo está cheio de advogados, engenheiros, médicos, professores competentes; o que os distingue dos outros é a forma como exercem o seu mister, como se relacionam com colegas, chefes, subordinados, fornecedores ou clientes. O mérito não está só na competência, mas no modo como a aplicamos.

EVANGELHO – Jo 6,1-5
Naquele tempo,
Jesus partiu para o outro lado do mar da Galileia,
ou de Tiberíades.
Seguia-O numerosa multidão,
por ver os milagres que Ele realizava nos doentes.
Jesus subiu a um monte
e sentou-Se aí com os seus discípulos.
Estava próxima a Páscoa, a festa dos judeus.
Erguendo os olhos
e vendo que uma grande multidão vinha ao seu encontro,
Jesus disse a Filipe:
«Onde havemos de comprar pão para lhes dar de comer?»
Dizia isto para o experimentar,
pois Ele bem sabia o que ia fazer.
Respondeu-Lhe Filipe:
«Duzentos denários de pão não chegam
para dar um bocadinho a cada um».
Disse-Lhe um dos discípulos, André, irmão de Simão Pedro:
«Está aqui um rapazito
que tem cinco pães de cevada e dois peixes.
Mas que é isso para tanta gente?»
Jesus respondeu: «Mandai sentar essa gente».
Havia muita erva naquele lugar
e os homens sentaram-se em número de uns cinco mil.
Então, Jesus tomou os pães, deu graças
e distribuiu-os aos que estavam sentados,
fazendo o mesmo com os peixes;
E comeram quanto quiseram.
Quando ficaram saciados,
Jesus disse aos discípulos:
«Recolhei os bocados que sobraram,
para que nada se perca».
Recolheram-nos e encheram doze cestos
com os bocados dos cinco pães de cevada
que sobraram aos que tinham comido.
Quando viram o milagre que Jesus fizera,
aqueles homens começaram a dizer:
«Este é, na verdade, o Profeta que estava para vir ao mundo».
Mas Jesus, sabendo que viriam buscá-l’O para O fazerem rei,
retirou-Se novamente, sozinho, para o monte.


JdB

1 comentário:

Anónimo disse...

Obrigada pelo evangelho, JdB. Hoje faltei à missa, por motivos vários e não muito nobres. Mas não quis deixar de aqui vir porque já sabia que o poderia ler. Quanto à santidade, adorei o pensamento de que a santidade não obedece ao conceito de semana inglesa... mas às vezes era bom uns feriadozitos ... parece-me a mim ... bjs. pcp

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