12 março 2013

Duas últimas

Pixinguinha é, neste blogue, uma sensação de déjá écouté.

Ontem, ao fim da noite, debatia-me com uma falta de inspiração tremenda para o post de hoje, tentando não desmerecer da qualidade de escrita e escolha do meu querido amigo fq. Pedi sugestões ao meu filho porque, ao contrário do que poderá acontecer com outras pessoas, a dificuldade que sinto é a da escolha musical, porque a redacção do texto é (quase) sempre fácil.

A resposta do jovem foi rápida, e apresentou-me ao Yamandú Costa, a cantar o Carinhoso. Melhor, a tocar o Carinhoso à viola (oito cordas), enquanto o público do teatro canta primorosamente uma toada lindíssima. Estamos habituados ao público português que se pela por bater palmas a compasso, mesmo que se toque o Requiem de Mozart. Não sei se o homem do violão canta ou não. Aqui, neste youtube, não o faz, e o resultado é fantástico.

Depois, não contente com a sugestão feita, o rapaz arrimou-se e mandou-me o link para a mesma música, mas cantada deliciosamente pela Marisa Monte, acompanhada por Paulinho da Viola. No fundo, no fundo, isto é como uma esplanada num verão muito quente - há que beber sempre duas imperiais. A primeira, deliciosa, para limpar a goela de securas. A segunda, deliciosa, para apreciar lentamente, enquanto o sol se põe ao longe no mar, ou numa qualquer estrada monumental. Qual é a mais deliciosa das duas? Pois não sei...

Apreciem o Carinhoso - a música, a letra, a interpretação. São duas imperiais fantásticas. E agradeçam ao meu filho, que eu pouco fiz.

JdB   



5 comentários:

ACC disse...

Obrigada filho!
Bjos

Anónimo disse...

Muito obrigada, por este momento tão lindo!

Anónimo disse...

Esse seu filho é muito esperto, nada influenciado por ninguém. A das 8 cordas ainda não tinha ouvido, mas essa influência da Marisa Monte eu sei bem de onde vem... mfm

Anónimo disse...

Com filhos assim, também eu!
A analogia com as imperiais está muito bem.
Abraço,
fq

Anónimo disse...
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