08 setembro 2008

Desafio


Gosto de saber que muitos dos meus amigos me visitam através do blogue, vão sabendo das minhas andanças, têm curiosidade por me ler. Houve alguém, inclusivamente - e agradeço o elogio à pessoa que o fez - que sugere este espaço a outros através de uma frase publicitária: conheça África sem lá ir.
No dia em que publiquei o post Coincidências, colega bloguista escreveu-me um comentário simpático, animado, críptico para a maioria das pessoas que não sabe quem é o Jorge Antunes
(confesso, a bem dizer, que nem eu próprio o conheço bem...)
falando nostalgicamente de África. Já antes disso o meu amigo LM o tinha feito.
É por isso que lanço o desafio / pedido / convite: que tal escreverem um texto
(tanto quem assina como DaLheGas como quem assina Xiu o farão muito melhor do que eu)
sobre a vossa experiência africana, as vossas nostalgias, as vossa recordações? Seja assinado, seja com o pseudónimo que entenderem, publicarei com o maior gosto e prazer, porque sempre é uma forma de quem me lê sentir outras visões deste continente que mexe tanto com tanta gente.
O desafio, é óbvio, estende-se a quem quiser contribuir também - ainda que nunca por cá tenha passado (Porta do Vento, Pronome Possessivo, etc.)
Repetirei este post durante dois ou três dias.
Pensem nisso - e colaborem com este exilado...

8 comentários:

Anónimo disse...

Que giro Joao....vinha agora no carro das minhas voltas e sintonizada na 2 oiço "o que será que será" Xico Buarque e Milton....e umas entrevistas sobre Jorge Amado. Dei comigo a pensar na saudade....da saudadde que tenho da boemia , dos bares no Rio de Janeiro com toda essa gente...do que se partilhava , do que se toureavam as noites em casa da maluda e do Mané, e de Africa!!!!! A impressionante Africa...giro ..de manha na RtP passava um documentário de Goa.Tenho saudades dessa dimensão , dessa luz, dessa gente
Ate ja
Rocha melancolica

DaLheGas disse...

DaLheGas agradece muitíssimo a gentileza. Mandamos por mail ou colamos aqui J?
O Pronome Possessivo está estacado, sem net... as mudanças da Dona, as maravilhas do MEO. Um pandemónio.

JdB disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
JdB disse...

Dalhegas: O Adeus... agradece a gentileza da contribuição. Use do mail, em podendo. Atento, venerador e obrigado.

DaLheGas disse...

Em podendo, impossível JB. Seu perfil não permite ver o endereço de mail. Atento, esperando, agradeço.

JdB disse...

Dalhegas: Ja lhe enviei mail com mail. Em não recebendo, dona poss saberá ajudar.

Anónimo disse...

Já só faltam... Quantos dias?
O Homem é um animal de hábitos. Habituados que estamos a estes relatos africanos, quem os substituirá?!!
E, por falar em hábitos, revi hoje a FTF. Falou-me como se de grandes amigas nos tratássemos.
Está diferente! Vi-a de maneira diferente, não sei! E é destemida. Pelas 6h45 lá está ela, sem medo do escuro.
Eu ,confesso que temo pela minha segurança e já não me aventuro assim tão facilmente.
Falemos de luz.A de hoje era inqualificável, amarela, branca e avermelhada ! E a luz daí como é? Será que o karaoke nocturno lhe tem roubado esse prazer, o de ver nascer a luz desse dia.
Olhe que o Homem é um animal de hábitos...

Até já,

xiu disse...

Falar de África, João, obriga-me a vasculhar o pacote de 16 anos que a experiencia me ofereceu. No desembrulho, peças animadas por tramas coloridas como as fotos que nos mostras, lágrimas que do ponto mais alto da montanha que subiste, escorreram, cumplicidades de amigos como esse chão que pisas e que exala o que de mais puro a terra molhada oferece , continuam misturadas num misto amargo doce que se aprende a gerir.

Este desafio que lanças, é mais uma página que repete o cheiro a pitanga, a côr de amendoim ou a laranja-cor-do-céu, com a particularidade de ser escrita à medida dos meus sentidos dos quais não posso dissociar a força da minha juventude musculada que aí vivi, na memória do que África ensinava, sem saber eu que a noite e o dia eram para se beberem até à última gota. É mais uma página onde por todos os motivos, África foi Mãe no sentido mais lato que a vida nos ensina. Terra onde ainda se nasce debaixo do imbondeiro, terra onde ainda se morre da forma mais incrédula que o mundo assiste de camarote.

Hoje não vivo sob nostalgia nenhuma. Sair de África foi uma prova de sobrevivência da qual poucas saudades me restam e a memória teima em apagar registos mais dificeis. Contudo, abstraindo-me do que corroi uma historia cor de rosa ou laranja , África , eu sei si porque tu nos mostraste e mostras,continua a ser as cores não diluiram, os cheiros que nao dissiparam, que a terra continua vasta e o Africano.... sempre Africano.

Um abraço

xiu

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