06 julho 2014

Hoje, mas há vinte anos


Nasceste hoje, mas há vinte anos.

Onde estás não tens idade, porque és dona de um tempo que não tem início nem fim, um tempo sem memória nem lamento, porque inundado de um Amor infinito. Para nós, que vivemos outra realidade, o dia de hoje continua a ser de lembrança e de agradecimento. Foste um estrela que desceu do céu para iluminar o nosso caminho - caminho tantas e tantas vezes pedregoso mas, acima de tudo, sempre luminoso, porque assente no que é importante e que perdura. Foste um presente de Deus, e por isso a Ele voltaste. Nunca nos pertenceste, em bom rigor. 

No coração de todos os que te amaram, te conheceram, contigo se cruzaram, contigo riram ou contigo choraram, há uma oração permanente, mesmo que não consciente. Não pedimos que fiques connosco, mesmo à distância, mas pedimos para nunca deixarmos de te ver, mesmo à distância. Pedimos que nunca deixes de derramar o eterno pó de amor que nos converte, nos transforma, nos faz esconder o que é supérfluo para viver com o que é perene: a tua memória. Como a música de que tanto gostavas nos diz, estarás no nosso coração. Hoje, até à eternidade.

Nasceste hoje, mas há vinte anos. 

J (e todos os outros que comigo assinam este texto)

(a escolha da música e a autoria da fotografia criativa são da Teresa)

3 comentários:

Anónimo disse...

Um abraço forte, longo e muito amigo.

gi.

Anónimo disse...

Este, SIM.
Uma malga de barro que contém.

um abraço colorido,
a.

arit netoj disse...

Querida Família,
Só hoje aqui vim para ler esta grande verdade e bela recordação.
Beijinhos cheios de fé no pó de amor.

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