14 junho 2016

Duas Últimas

Nas 2 últimas semanas tenho passado longas horas de boca aberta, não de espanto pela actividade incessante e frenética do nosso novo PR, complementada pelo ar prazenteiro e “porreiro pá” do Costa actualmente de serviço – quando se sabe ou pelo menos se adivinha que a situação do País aconselha por certo mais trabalho e menos espalhafato –, mas antes devido ao “total colapso” da dita, na crua mas infelizmente certeira expressão de um dos médicos com que me vi confrontado.

Nessas horas intermináveis, é bem-vindo tudo o que for para nos distrair da posição incómoda e de imediata inferioridade em que somos colocados, da aparelhagem (medonha, diria Eça) que nos perfura sem piedade ou da conta que nos fustiga a carteira.   

Entre essas benesses está uma televisão agarrada ao tecto, que vislumbramos num relance mais ou menos prolongado quando, de olhos semi-cerrados, resistimos indefesos o melhor que podemos e sabemos. Aí fui vendo cenas de filmes, vídeos musicais, notícias do país e do mundo. Quase tudo me pareceu interessante e até com qualidade, o que atribuo à situação de especial fragilidade em que me encontrava…

Esta música que hoje aqui trago também por lá passou. Trata-se de um dueto improvável e interessante entre Zambujo e um rapper de Cascais que tem Dengaz como nome de guerra. Ajudou-me a passar o tempo e a queimar etapas, por isso estou-lhes grato. 

A bem da verdade e da justiça, não posso concluir sem dizer que, descontando os exageros a que acima me entreguei, fui de facto tratado com esmero e competência, o que os resultados positivos alcançados podem comprovar. 


fq


1 comentário:

Acc disse...

Rapaz improvável esse, porque tem, também e felizmente, a mente aberta. Não basta a boca, o que marca a difernça é a mente.
Belissima escolha

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