"O ócio (…) não consiste em fazer nada, mas sim em fazer muitas das coisas não reconhecidas pelas formulações dogmáticas da classe dominante." (p. 11).
"Observem por momentos um desses cavalheiros atarefados, rogo-vos. Ele semeia urgência e colhe indigestões; deposita uma vasta quantidade de trabalho a render juros, e recebe em troca uma medida considerável de desarranjos nervosos. Ou se ausenta de toda e qualquer companhia, vivendo como um recluso num torreão, com os seus chinelos e o seu pesado tinteiro; ou se mistura com as pessoas com modos bruscos e amargos, todo o seu sistema nervoso tolhido por contracções, para descarregar a sua dose de mau humor antes de regressar ao trabalho. Pouco importa que trabalhe tanto ou tão bem, um indivíduo assim é uma mancha perversa nas vidas dos outros. Que seriam mais felizes com a sua morte." (pp. 27-28).
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