23 agosto 2016

Duas Últimas

Ouvi há dias uma interessante conferência sobre um tema deveras complexo, de difícil aceitação e por isso tantas e tantas vezes fonte de inquietação, incompreensão e revolta: “o sofrimento, um mistério que interpela o homem”.

No dizer da esclarecida conferencista, o sofrimento é a maior causa de controvérsia e de séria divisão entre crentes e não crentes. Não é de facto novidade que há nesta questão muitas perguntas de difícil, senão mesmo impossível, resposta.

Da informação passada, que foi bastante, retive a que me parece essencial:

- Que Jesus não veio acabar com o sofrimento, nem sequer explicá-lo. Ao sofrer cruelmente pelo homem, mostrou em causa própria que o mesmo tem um sentido, que pode abrir portas em nome de um bem maior.

- Que há em tudo uma fresta, uma fenda onde a luz pode entrar. Se pedirmos e deixarmos, naturalmente.

- Que o sofrimento não é desejável, mas também que o homem não deve fugir dele a qualquer preço. Se o fizer, está a fugir de si mesmo, a negar a sua própria condição.

- Que o homem sofre mais e faz sofrer muito mais os outros quando renega Deus.

Desculpem tema tão pesado em tempo de férias, mas não me apeteceu falar das estafadas causas para a falta de medalhas (ou para a abundância de diplomas) nos JO do Rio.

A superior música de Leonard Cohen que acompanha este texto fez também parte da conferência a que assisti.

Espero que apreciem.


fq

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