16 agosto 2011

Duas Últimas


Hoje trago à estampa uma versão do tema "Gaivota" de que gosto especialmente, interpretada por Sónia Tavares, vocalista dos "The Gift", grupo português de Alcobaça.

A musica insere-se num projecto lançado em 2009, de nome "Hoje", de homenagem à grande Amália Rodrigues nos 10 anos da sua morte.

Espero que os frequentadores deste blogue que conhecem e gostam de fado - sei que há verdadeiros especialistas - ouçam esta versão com as virtudes cristãs da tolerãncia e da compreensão, se mais não quiserem ou puderem.

Quanto a mim, tento conseguir o três em um com esta escolha, lembrando Amália Rodrigues - no meu modesto entendimento, com Maria Teresa de Noronha, de longe as duas maiores vozes femininas de fado de sempre -, Alexandre O`Neill, grande poeta autor da magnifica letra e, por fim, prestando singelo tributo a Sónia Tavares, uma grande voz da actualidade musical portuguesa.

Esperem que gostem!

fq

4 comentários:

Anónimo disse...

Como esta música foi imortalizada pela Amália, não posso dizer que a presente interpretação me fascine. Mas tem todas as virtudes que mencionou (letra, belíssima voz, evocação da Amália) e outra: gostei imenso do video. É elegante, sóbrio e ao mesmo tempo cheio de força contida (força do fado, da Amália e a lembrança duma Lisboa com laivos revolucinários). Boa escolha. pcp

JdC disse...

Eu já conhecia esta interpretação, só não sabia era tudo o resto que a erudição de fq nos contou. Escolha de melómano. Abraço e boas férias

Ana LA disse...

Pois, fq.
Nem sei bem que lhe diga. Outra dissonância. Caramba, que perícia em escolher temas controversos e desafiantes.
No fundo, isto é escolha de especialista cheio de sensibilidade e com um reduzido grau de subordinação ao mainstream.

JdB disse...

Olha, fq... começo com uma citação - aproximada, seguramente - de alguém cujo nome não me recordo: "não concordo com uma palavra do que dizeis, mas defenderei até à morte o direito de dizê-lo". Tens sempre um espaço neste estabelecimento, mesmo que seja para postar aquilo que o dono do dito cujo aprecia menos. Boas férias, enquanto a troika não as elimina.

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